quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Oscar Wilde

Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Cidade mulher

Cidade de amor e ventura
Que tem mais doçura
Que uma ilusão
Cidade mais bela que o sorriso
Maior que o paraíso
Melhor que a tentação
Cidade que ninguém resiste
Na beleza triste
De um samba-canção
Cidade de flores sem abrolhos
Que encantando nossos olhos
Prende o nosso coração

Cidade notável
Inimitável
Maior e mais bela que outra qualquer
Cidade sensível
Irresistível
Cidade do amor, cidade mulher

Cidade de sonho e grandeza
Que guarda riqueza
Na terra e no mar
Cidade do céu sempre azulado
Teu sol é namorado
Das noites de luar
Cidade padrão de beleza
Foi a natureza
Quem te protegeu
Cidade de amores sem pecado
Foi juntinho ao Corcovado
Que Jesus Cristo nasceu


Noel Rosa

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Último Poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.


Manuel Bandeira

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

SONETO LXV

Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do Tempo a tirania?
Onde ocultar - meditação atroz -
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que mão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o Tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor.


William Shakespeare

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Fiz pra você

Tomo-te a noite em meus sonhos...
um abraço, enquanto me chamas de amor.

Involuntariamente, nesta vida encontrei
minha rainha, no peito de teu rei.

Em meu trono de labuta e rotina,
A punho conjugo lealdade e a teu amor milito.

Despojo a ti minha coroa e riqueza,
Minha veste e meu nome tão inútil.

A espada pesada descanso a te escrever...
E antes da noite padecer mais uma vez,

Ei de morrer em teus lábios.

Igor Moreira

quarta-feira, 2 de outubro de 2013