Quando penso em lhe escrever um poema
confesso que não sei o que dizer.
Recosto meu ouvido em teu seio, como se pelo solo
da tua pele escutasse com receio o continuo pulsar do mar;
o olhar dos espectadores ao sol quando em ondas arrebentas na areia.
Talvez escrevesse a surpresa do ineditismo de cada encontro.
Talvez teu cheiro, daquela tarde daquele específico momento.
Seja relevante em palavras discorrer este conto.
Em frondosa flora contemplo os diversos teus seres e flores
e em espanto no balançar do vento me perco neste poema.
Somos páginas há pouco escritas de um livro
ainda com muitas laudas em branco.
Há muito a que se dizer, me pergunto como?
Abriste em mim um mundo que desconhecia.
Ouça: Eu tenho muito de você em meu coração.
É especial; é diferente. Me encanto e se não há espanto:
Não tem poesia.
Igor Moreira