Atitude imbecil, lamentável e injustificável, sob todos os aspectos. Em pleno século XXI, o “espírito de propriedade” ou de “posse” para desfrute ainda esteja a inspirar a execução sumária de pessoas indefesas...
Aos fatos
Deixando de lado os detalhes sensacionalistas e sórdidos exibidos pelos periódicos belorizontinos e brasileiros, questiono como um contrato constituído por um homem e uma mulher, que consegue a façanha olímpica, em termos estatísticos, de emplacar cinco anos de convivência sob o mesmo teto possa terminar em tragédia.
Mas, entendo que com a crise e a separação, deste contrato, de fato, é muito comum surgirem chantagens e ameaças. Porém é com muita frequência que uma tragédia venha a se consumar, como a ocorrida, quarta, dia 20 de janeiro, tendo como cenário, um Salão de beleza, em Belo Horizonte.
Como esse filme é por demais conhecido, não faz sentido reprisá-lo.
Pretendo chamar a atenção dos meus imaginários leitores, tão-somente pelo gravíssimo fato, de que a vítima dessa execução sumária anunciada, de acordo com as matérias nos noticiários das TVs, se dirigira à Delegacia e às autoridades constituídas, para realizar oito ocorrências de denúncias, por se encontrar sob ameaças de morte.
Por oito, é importante repetir, por oito vezes, pediu proteção à instituição chamada Estado. Quem sabe essa execução que poderia ter sido evitada!
Surrealista e inacreditável foi à declaração da senhora doutora Delegada de Polícia Civil questionada pela repórter da TV, sobre o pedido de socorro da vítima. Gostaria de relembrar o pedido feito por oito vezes.
A Delegada, a agente do Estado, secamente, friamente, respondeu: “não posso sair por aí prendendo gente... tem certos procedimentos a seguir...”.
Que porra é essa?
Como cidadão e contribuinte compulsório, declaro minha perplexidade e profunda indignação diante das atitudes levianas e dos péssimos exemplos de certas “autoridades públicas”. Por questão elementar de Justiça, espero que o Ministério Público se mobilize, em defesa da sociedade. A omissão de socorro, a negligência e a irresponsabilidade dos agentes públicos, sejam quais forem, devem ser exemplarmente punidos.
E tenho dito.
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